O Apocalipse está se cumprindo hoje? Não.
Quase a totalidade do livro refere-se à sua época.
O livro de Apocalipse foi escrito por meio de símbolos para a igreja de Cristo que estava sofrendo no fim do primeiro século A.D. O livro procurava consolar os cristãos em meio à perseguição do império Romano, que pretendia que os cristãos adorassem a imagem do imperador Domiciano (que é a besta do apocalipse).
O livro faz parte de um gênero de literatura simbólica, cujo modelo no Velho Testamento pode ser encontrado nos livros de Daniel e Zacarias. Os símbolos do livro seriam entendidos pelos leitores da época e fariam com que eles fossem consolados e fortalecidos na fé. A interpretação dos símbolos do Apocalipse estava á disposição dos antigos. Qualquer interpretação do livro que afirme coisas sobre as quais os antigos não podiam conhecer é uma falsa interpretação. Julgar que o livro trate de guerras atômicas, revolução na Europa, Papas, etc.; qualquer intromissão destes elementos desconhecidos aos primeiros leitores leva a um falso entendimento do livro.
As cosas descritas em Apocalipse iriam ocorrer "em breve" (Ap 1:1-3; 3:11; 22:6, 12). Por isto, o livro foi selado, ou seja, não foi fechado para ser entendido apenas no futuro (Ap 22:10). O Apocalipse foi entendido em sua época.
Os símbolos nunca devem ser tomados literalmente: veja por exemplo as duas descrições de Jesus em 1:12-20 e 5:5-7. Há textos do livro que interpretam alguns símbolos usados (1:20; 7:13-17). Tudo isto mostra que o livro cumpriu-se em sua época como todos os livros do Novo Testamento.
Quando algo bizarro aparece no noticiário, há quem comente: "Estava predito no Apocalipse!" E logo alguém, pretendendo concordar, afirma: "É o fim dos tempos!" Também já encontrei pessoas que confessam ter lido toda a Bíblia várias vezes, mas nunca o livro de Apocalipse. Diziam ter medo e "pulavam-no" na sequência de sua leitura, evitando tomar contato com seu conteúdo.
É o livro predileto das sitas que buscam nele justificativa para todo tipo de doutrina exótica; é também o foco da atenção dos curiosos que querem saber quem é a besta do Apocalipse e para quando este livro marcou o fim dos tempos.
O que apresentaremos a seguir são sugestões para o estudo do Apocalipse que tanto prepararão o leitor para fazer mais estudos no livro como também responderão boa parte das dúvidas mais comuns a respeito dele. Acima de tudo, o que se verá é que o Apocalipse já se cumpriu, quase na sua totalidade, na época em que foi escrito. Há textos do livro que ainda não se cumpriram, especialmente os que falam do juízo e dos destinos eternos. O restante, contudo, já se cumpriu e serve para nós hoje como instrução.
Uma das principais causas de falta de compreensão do livro d Apocalipse são os motivos errados do intérprete ao desejar estudar o livro. Alguns tentem ler o livro para saber coisas que a Bíblia, em outros lugres, disse que Deus não revelaria ao homem (At 1;7; Mt 24:36; Dt 29:29). Não saberemos a data ou os sinais do fim do mundo pelo Apocalipse. Tal conhecimento não foi dado aos homens e não seria justo esperar que o Apocalipse contrariasse o propósito divino neste caso. Outros estudam o livro para torcê-lo e para colocar nele as suas idéias (1Pe 3:16; Ap 22:18-19). Como é um livro simbólico, os espíritos mal-intencionados sentem-se livres para interpretar o simbolismo conforme a conveniência. Surpreendentemente, há seitas que usam o livro para ensinar as "coisas básicas" da fé. Atraem pessoas pelo estudo do livro e depois fazem do livro a "chave" para tof=do o entendimento da Bíblia. Contudo, este livro é para quem conhece bem o Velho e o Novo Testamento. Não se trata de um livro para iniciantes. Motivos corretos, no estudo do Apocalipse, geralmente garantem resultados mais positivos. Um bom motivo para estudar o livro é participar da bem-aventurança da obediência, apresentada logo nos primeiros versículos (1:3). Outro bom motivo é vislumbrar a promessa da vida eterna, no céu (22:8-17). Também devemos estudá-lo para não excluir o livro da Bíblia, pois evitar este livro equivale a excluí-lo do cânon bíblico (22:18-19). Quem estudar o livro aprenderá que o povo de Deus sempre é vitorioso, mesmo em meio à tribulação e à perseguição (21:7).
Motivos Corretos
Tratá-lo como livro inspirado por Deus
O Apocalipse afirma ser um livro inspirado por Deus em várias ocasiões (1:1-2; 22:6-7,16). Consequentemente, devemos levar a sério tanto o poder de Deus como o conhecimento sobrenatural que o livro revela. Outro resultado de encara o livro como inspirado por Deus é a compreensão de que o ensino do Apocalipse não contradiz o ensino de outro livros da Escritura Sagrada, visto que o mesmo Espírito inspirou todos estes textos. O Apocalipse não pode ser tirado do contexto bíblico e canônico ao qual pertence.
Ter um bom método de estudo Bíblico
Um dos motivos da dificuldade de entender não apenas o Apocalipse, mas também toda a Bíblia, é a falta de um método de estudo. A metodologia proposta no livro de Bryan Bost e Álvaro César Pestana, Do Texto à Paráfrase: Como estudar a Bíblia (São Paulo, Editora Vida Cristã, 1992), aplica-se muito ao livro de Apocalipse. Algumas máximas do estudo bíblico aplicam-se bem ao Apocalipse. "O texto faz sentido no seu contexto", ou seja, o livro de Apocalipse precisa ser compreendido no seu contexto histórico. As partes individuais do livro serão melhor compreendidas quando inseridas no conjunto da obra. As palavras e idéias serão corretamente compreendidas se fundamentadas no contexto do autor, leitores, época, etc.
O sentido original do texto estava disponível aos leitores originais. Qualquer leitura que faça do livro uma obra cuja compreensão seja privilégio exclusivo dos últimos séculos é uma aberração. Os leitores originais entendiam e compreendiam a obra (1:1-3). O fato do livro ser profético não significa que se refere a um futuro distante, afastado da situação original em mais de vinte séculos. "A Escritura deve ser usada para interpretar a Escritura". No caso do Apocalipse, o uso de outros textos é necessário para intender possíveis sentidos das figuras; contudo, o contexto deve sempre governar a interpretação. E também lembrar que "os textos mais fáceis da Bíblia devem ajudar a interpretar os mais difíceis e nunca o contrário". Assim, primeiro devemos entender o que o Novo Tetamento fala literalmente sobre, por exemplo, a volta de Cristo; e então, depois, ver como isto é ensinado simbolicamente no Apocalipse. Ao comparar Escritura com Escritura, é necessário "não misturar textos de diferentes contextos nem forçá-lo a transmitir a mesma ideia". O leão de Judá em Apocalipse é Jesus; em 1 Pedro o leão é o diabo! Não é necessário pensar que uma figura bíblica é sempre usada do mesmo modo. Devemos "interpretar cada texto de acordo com o seu contexto" e buscando sempre "o sentido gramatical, histórico e teológico original, que é o mais importante para o entendimento do livro". No cado do Apocalipse, sempre é bom "trabalhar do geral para o específico", ou seja, a mensagem de um segmento particular do livro como um todo eão o contrário. Por exemplo, fazer o capítulo 20 comandar a interpretação de todo livro é um erro comum. A melhor interpretação irá colocar cada pequena parte dentro do conjunto ao invés de tentar impor esta parte sobre o todo.
O sentido original do texto estava disponível aos leitores originais. Qualquer leitura que faça do livro uma obra cuja compreensão seja privilégio exclusivo dos últimos séculos é uma aberração. Os leitores originais entendiam e compreendiam a obra (1:1-3). O fato do livro ser profético não significa que se refere a um futuro distante, afastado da situação original em mais de vinte séculos. "A Escritura deve ser usada para interpretar a Escritura". No caso do Apocalipse, o uso de outros textos é necessário para intender possíveis sentidos das figuras; contudo, o contexto deve sempre governar a interpretação. E também lembrar que "os textos mais fáceis da Bíblia devem ajudar a interpretar os mais difíceis e nunca o contrário". Assim, primeiro devemos entender o que o Novo Tetamento fala literalmente sobre, por exemplo, a volta de Cristo; e então, depois, ver como isto é ensinado simbolicamente no Apocalipse. Ao comparar Escritura com Escritura, é necessário "não misturar textos de diferentes contextos nem forçá-lo a transmitir a mesma ideia". O leão de Judá em Apocalipse é Jesus; em 1 Pedro o leão é o diabo! Não é necessário pensar que uma figura bíblica é sempre usada do mesmo modo. Devemos "interpretar cada texto de acordo com o seu contexto" e buscando sempre "o sentido gramatical, histórico e teológico original, que é o mais importante para o entendimento do livro". No cado do Apocalipse, sempre é bom "trabalhar do geral para o específico", ou seja, a mensagem de um segmento particular do livro como um todo eão o contrário. Por exemplo, fazer o capítulo 20 comandar a interpretação de todo livro é um erro comum. A melhor interpretação irá colocar cada pequena parte dentro do conjunto ao invés de tentar impor esta parte sobre o todo.
Reconhecer o gênero literário do Apocalipse
O livro de Apocalipse pertence a um gênero (tipo) literário conhecido como "literatura Apocalíptica". A interpretação do livro tem de levar em conta que tipo de obra ele pretende ser. Assim como Paulo escreveu cartas (epístolas) às igrejas usando os moldes e fórmulas da correspondência de sua época, assim também o apóstolo usou um gênero literário em sua época, o gênero apocalíptico, para deixar sua mensagem às igrejas asiáticas. É importante conhecer este tipo de literatura e suas características para estudar com segurança o livro de Apocalipse. Algumas características importantes da literatura apocalíptica são:
a. Raízes no Velho Testamento, especialmente em certos profetas como Ezequiel, Daniel e Zacarias.
b. Floresceu em época de perseguição; opressão, sofrimento e de certo pessimismo do povo de Deus.
c. Objetivava gerar lealdade, virtude, coragem, fé e esperança em meio aos problemas presentes.
d. Seu método consistia em usar símbolos, apresentar-se na forma de relato de visões para revelar sua mensagem do modo mais impressionante possível, ao mesmo tempo que ocultava seu significado dos não iniciados na sua linguagem.
Reconhecer que o livro refere-se à sua época
Todo livro precisa ter algum ponto de contato com a ápoca e a vida do escritor e dos leitores para que seja compreensível - tem de falar a sua língua, tem de empregar conceitos e imagens que eles conhecem. Se o intérprete "descobrir" uma nova "leitura" do texto, terá de explicá-la tomando como base o que o escritor e os leitores antigos conheceram. Que vantagem há em escrever algo que ninguém pode entender?
O Apocalipse apresenta-se tratando de assuntos que "em breve devem acontecer", e assim o que nele está escrito deveria cumprir-se brevemente em relação à data de sua composição original (1:1,3; 3;11; 10:6; 22:6,7,10,12,22). O fato da volta de Cristo ser descrita igualmente como ocorrendo em breve não "atrasa" o cumprimento do livro todo para o nosso tempo, pois a vinda de Cristo é descrita como algo "que acontecerá em breve" em todos os períodos da história humana, desde sua ascensão (1Ts 4:15; 1 Co 15:51-52; etc). Ao contrário do livro de Daniel (que de referia a um futuro distante), o livro de Apocalipse não devia ser "selado" ou fechado (compare Dn 12:4 com Ap 2:10). Um livro como Daniel estaria selado para sua época, mas seria entendível no futuro. O livro de Apocalipse, ao contrário, não devia ser selado, pois cumprir-se-ia naqueles dias: seria um livro para a sua época de redação.
Apocalipse é chamado de "profecia" (1:3; 22:7,18-19). Isto não quer dizer que seja um livro sobre o século XXI. João poderia profetizar sobre coisas que iriam ocorrer em um futuro próximo: isto também é profecia. Devemos lembrar que a palavra "profecia", na Bíblia, nem sempre refere-se a "provisão do futuro", mas muitas vezes quer dizer simplesmente "pregação" (1 Co 14:3). No Novo Testamento, o melhor sinônimo de profecia é pregação. No Apocalipse a palavra tem mais o sentido de anunciar a vontade de Deus (pregação) do que um anúncio sobre o futuro (predição) (11:3,6; 19:10).
b. A grande multidão (7:13-17) - é a igreja de Deus, triunfante, que já atingiu a bem-aventurança de fidelidade, já deixou o mundo e já está com Deus.
O Apocalipse apresenta-se tratando de assuntos que "em breve devem acontecer", e assim o que nele está escrito deveria cumprir-se brevemente em relação à data de sua composição original (1:1,3; 3;11; 10:6; 22:6,7,10,12,22). O fato da volta de Cristo ser descrita igualmente como ocorrendo em breve não "atrasa" o cumprimento do livro todo para o nosso tempo, pois a vinda de Cristo é descrita como algo "que acontecerá em breve" em todos os períodos da história humana, desde sua ascensão (1Ts 4:15; 1 Co 15:51-52; etc). Ao contrário do livro de Daniel (que de referia a um futuro distante), o livro de Apocalipse não devia ser "selado" ou fechado (compare Dn 12:4 com Ap 2:10). Um livro como Daniel estaria selado para sua época, mas seria entendível no futuro. O livro de Apocalipse, ao contrário, não devia ser selado, pois cumprir-se-ia naqueles dias: seria um livro para a sua época de redação.
Apocalipse é chamado de "profecia" (1:3; 22:7,18-19). Isto não quer dizer que seja um livro sobre o século XXI. João poderia profetizar sobre coisas que iriam ocorrer em um futuro próximo: isto também é profecia. Devemos lembrar que a palavra "profecia", na Bíblia, nem sempre refere-se a "provisão do futuro", mas muitas vezes quer dizer simplesmente "pregação" (1 Co 14:3). No Novo Testamento, o melhor sinônimo de profecia é pregação. No Apocalipse a palavra tem mais o sentido de anunciar a vontade de Deus (pregação) do que um anúncio sobre o futuro (predição) (11:3,6; 19:10).
A maior parte do livro de Apocalipse já se cumpriu. Por exemplo: a descrição das calamidades que viriam sobre Roma, descritas pelos "quatro cavaleiros de Apocalipse", já se cumpriram: conquistas, guerras, fomes e mortandade foram os frutos que Roma colheu por sua história de sangue e por sua perseguição contra os cristãos (Ap 6:1-8). As descrições do juízo divino contra Roma através das sete trombetas já ocorreram: as primeiras quatro, que falam de catástrofes "naturais" simbolizam o desagrado divino contra o Império Romano (Ap 8:1-4). A quinta e a sexta trombetas falam, respectivamente, da corrupção interna e da invasão estrangeira que contribuiriam para destruir Roma. A ruína de Roma descrita no capítulo 17 já se cumpriu: Roma deixou de ser a "dona do mundo" e foi invadida e saqueada várias vezes em sua história posterior.
Nota: Uma objeção comum é a seguinte; "Roma não caiu de modo absoluto. A cidade ainda existe. Babilônia e outras cidades condenadas na profecia foram extirpadas da terra e hoje só são conhecidas pelo esforço da arqueologia. Não deveríamos esperar que o mesmo ocorresse com Roma?" Duas respostas podem sr dadas a esta objeção. A primeira é que a antiga Roma, Imperial e mundial, caíram! A queda foi lenta e gradual, mas ocorreu. A profecia é simbólica e não se deve esperar um cumprimento literal de uma destruição absoluta da cidade, que de fato nunca ocorreu. Uma segunda resposta, contudo, deve reconhecer que é possível que a profecia contra Roma não tenha se cumprido completamente levando em conta o próprio caráter condicional das profecias. Jonas anunciou a destruição de Nínive em 40 dias, sem anunciar a condicionalidade desta catástrofe, mas o arrependimento dos Ninivitas evitou a destruição da cidade, pelo menos por um tempo. Assim também A roma pagã recebeu a ameaça de estruição, mas foi a Roma "cristianizada" que foi invadida e saqueada pelos bárbaros. Assim, Deus pode ter evitado a destruição total por misericórdia para com seu povo na cidade, e porque a Roma antiga já tinha, até certo ponto "se arrependido". Lembre-se que este caráter condicional das profecias não é prova da falta de inspiração divina; pelo contrário, é prova do amor de Deus, que manda seus profetas para avisar o povo de modo que se evite o castigo profetizado. Um último elemento deve ser levado em conta: pode ser que Roma não tenha sido completamente extirpada porque a igreja de desviou e abandonou seu primeiro amor! No tempo dos Juízes de Israel, Deus não extirpou completamente os povos pagãos de entre Israel porque Israel não foi completamente fiel a Deus. Deus, então, manteve os inimigos entre Israel para disciplinar e punir seu povo. Embora Deus tivesse prometido ajudá-los a expulsar os povos, ele não o fez por falta de fidelidade de seu povo. O mesmo pode ter acontecido quanto às profecias do Apocalipse sobre a total destruição de Roma. Os cristãos "perderam" a promessa da queda de Roma porque perderam a fidelidade a Deus.Há contudo, alguns textos no Apocalipse que certamente ainda não chegaram a se consumar, como por exemplo: o juízo final (20:11-15), a nova habitação dos justos (21:21), etc.
Notar os problemas enfrentados pela igreja naqueles dias
As igrejas asiáticas que receberam o Apocalipse enfrentavam dos tipos de problema que são percebido na própria mensagem do livro: perigo interno e externo. Estes dois perigos estavam amarrados, sendo os dois manifestações de uma mesma conjuntura difícil na qual se encontravam a igreja no fim do primeiro século. O perigo interno era o desanimo (2:4), a doutrina falsa (2:14), a impureza (2:20), a acomodação (3:1,15-16). e coisas semelhantes que assaltavam a igreja dentro de sua própria fileiras.
O perigo externo, ou seja, que vinha de fora da igreja era a perseguição governamental (1:9; 2:10; 6:9; 7:14; 11:13-13; 12:17; 17:6; 18:24), as acusações dos judeus (2:9; 3:9), idolatrias, feitiçarias, pecados e religião falsa (9:20-21; 13:8, 1-15; 14:9).
As chamadas 'doutrinas de Balaão" ou "doutrina dos nicolaítas" (2:6,14,15) talvez propusesse um escape da perseguição governamental por meio da contemporização com a idolatria e com a pressão externa. Ou seja, talvez esta doutrina ensinasse que não faria mal cometer alguns pecados para conseguir ficar vivo!
O livro de Apocalipse se refere e responde s estes problemas. Seria absurdo que o apóstolo, tendo ciência de todos estes problemas não fizesse referência a eles e nem buscasse dar em sua obra alguma resposta para estas questões. Imagine a igreja sofrendo oposição e Deus enviando uma mensagem que não poderia ser entendida até o século XX1 ou até o desenvolvimento do papado romano na Idade Média!
O perigo externo, ou seja, que vinha de fora da igreja era a perseguição governamental (1:9; 2:10; 6:9; 7:14; 11:13-13; 12:17; 17:6; 18:24), as acusações dos judeus (2:9; 3:9), idolatrias, feitiçarias, pecados e religião falsa (9:20-21; 13:8, 1-15; 14:9).
As chamadas 'doutrinas de Balaão" ou "doutrina dos nicolaítas" (2:6,14,15) talvez propusesse um escape da perseguição governamental por meio da contemporização com a idolatria e com a pressão externa. Ou seja, talvez esta doutrina ensinasse que não faria mal cometer alguns pecados para conseguir ficar vivo!
O livro de Apocalipse se refere e responde s estes problemas. Seria absurdo que o apóstolo, tendo ciência de todos estes problemas não fizesse referência a eles e nem buscasse dar em sua obra alguma resposta para estas questões. Imagine a igreja sofrendo oposição e Deus enviando uma mensagem que não poderia ser entendida até o século XX1 ou até o desenvolvimento do papado romano na Idade Média!
Entender que o livro usa linguagem simbólica
Não é difícil notar que a descrição de Deus, Jesus, Espírito Santo, diabo, povo de Deus e de uma série de outros personagens são simbólicas. Criaturas monstruosas são apresentadas como símbolos do mal. Coisas abstratas como fome, guerra, morte e cidades são personificadas. Todo o livro é totalmente simbólico.
"Normalmente, no estudo da Bíblia, presumimos que o escritor esteja usando linguagem não-simbólica (literal), a menos que o contexto exija uma interpretação figurada (simbólica). Na literatura apocalíptica, como no Apocalipse, presumimos que o escritor esteja falando em linguagem figurada e simbólica, a menos que o contexto exija que a passagem seja entendida literalmente".
Nota: Ciatdo de Stafford North, "Sete Chaves Que Abem o Apocalipse", estudo a ser publicado pelo Centro de Estudos Teológicos como parte da Coleção Didaquê.
Nota: Ciatdo de Stafford North, "Sete Chaves Que Abem o Apocalipse", estudo a ser publicado pelo Centro de Estudos Teológicos como parte da Coleção Didaquê.
Os principais erros na interpretação do Apocalipse advém de não se levar em conta o caráter simbólico do livro. Também há muita incoerência ao tratar certa parte como simbólica e outra parte como literal sem que haja verdadeira razão contextual para isto.
Devemos reconhecer que a linguagem simbólica do livro precisa ser "descodificada" ou "interpretada" e não ser entendida literalmente. A chave para a interpretação da linguagem simbólica do livro devia estar ao alcance dos leitores originais - o texto não pode significar algo que eles não tinham condições de entender (1:4,11). Este é um dos princípios mais importantes para a interpretação de qualquer obra bíblica, principalmente no caso do Apocalipse.
Usar as "chaves" internas de interpretação do livro
Algumas das figuras e símbolos utilizados são explicados pelo próprio autor do texto:
a. Os sete candeeiros e as sete estrelas (1:20) - aqueles são interpretados como sendo as sete igrejas e estes são os "anjos" das igrejas, talvez referindo-se às próprias igrejas, já que as cartas são dirigidas a estes "anjos".b. A grande multidão (7:13-17) - é a igreja de Deus, triunfante, que já atingiu a bem-aventurança de fidelidade, já deixou o mundo e já está com Deus.
c. As sete tochas de fogo (4:5) - é o Espirito Santo.
d. Os sete olhos (5:6) - também é o Espirito Santo, que é através de quem Cristo se faz presente em toda a parte, na sua igreja.
e. O incenso (5:8; 8:3) - são as orações dos cristãos pedindo ajuda e justiça contra seus perseguidores.
Alguns personagens são de fácil identificação pela leitura do livro, conforme o ambiente da época:
a. O dragão (12:3-4) é o diabo (12:7-12; 20:2,7,10).
b. A primeira besta (13:1-10) é o poder político reinante naqueles dias, ou seja, o Império Romano (13:7, 16:10).
c. A segunda besta (13:11-18) é chamada de falso profeta (16:13; 19:20; 20:10), e trata-se de alguma forma de doutrina e religião pagã. Refere-se, sem dúvida, ao culto aos regentes, a adoração dos imperadores romanos, que no fim do primeiro século começou a ser praticada com rigor como teste de fidelidade a Roma.
O capítulo 17 é um capítulo chave para a identificação dos símbolos do livro. O texto deste capítulo divide-se em descrição (1-6) e interpretação (7-18). Alguns itens fáceis de perceber a interpretação são:
a. Sete cabeças = sete montes (9) - deve ser referencia a Roma como a !cidade das sete colinas", pois Roma estava cercada por elas.
b. Sete cabeças = sete reis (9), cinco passados, um presente, um ainda não chegou e que vai durar pouco (9-10) - refere-se aos imperadores romanos: Augusto, Tibério, Calígula, Claudio, Nero, Vespasiano e Tito.
c. O oitavo rei = besta (11) - é o oitavo imperador, Domiciano, que perseguiu os cristãos na Ásia, no fim do primeiro século.
d. Dez chifres = dez reis associados (12:13,16) - pode referir-se a outros reis e reinos que compõem o Império e que participam de sua administração.
e. Águas = povos de todo mundo dominados pela meretriz (15).
f. A meretriz (mulher) = Roma (17.18) - cidade que dominava o mundo antigo.
Guiados por estas e outras chaves internas de interpretação será mais fácil e segura nossa compreensão do livro.
Descobrir o sentido neotestamentário dos símbolos
Este reconhecimento é necessário para que a interpretação adequada se cada símbolo possa ser realizada. A fonte principal da linguagem simbólica do Apocalipse é o Velho Testamento. Os livros de Isaías, Ezequiel, Daniel, Zacarias, Joel e outros fornecem muitas das imagens com as quais João redigiu o Apocalipse. Isto não quer dizer que somente estes livros influenciaram os símbolos - todo o resto do Velho Testamento é fonte de ideias e figuras para João. Os eventos do êxodo israelita, as doze tribos, Moisés e Elias, o altar de sacrifícios e muitos outros elementos da Bíblia Hebraica tornam-se matéria-prima para o Apocalipse. O Velho Testamento é a principal pedreira onde João foi buscar material para executar sua obra. deve-se notar, contudo, que o livro usa os símbolos do Velho Testamento com um significado neotestamentário. Isto quer dizer que se uma imagem tinha um certo sentido no Velho Testamento, não terá necessariamente o mesmo sentido no Apocalipse. Este é um livro cristão e sua interpretação deve ser feita conforme padrões cristãos.
Outra fonte de ideias e de ilustrações é a literatura apocalíptica apócrifa e pseudo-epígrafa, dos judeus. Isto não quer dizer que estes livros sejam inspirados, mas sim que sua "ilustrações" são adequadas para João ao comunicar sua mensagem. Também é necessário ser cauteloso nesta comparação, pois em muitos casos as relações de dependências não podem se estabelecidas com segurança.
João usa até mesmo crendices populares na redação do Apocalipse. O mito "Nero redivivo", que circulava naquela e´poca, parece ser citado em 17;8-11. Esta lenda dizia que Nero não tinha morrido, mas que tinha se ocultado fora do Império e que logo voltaria para assumir o poder. O mau agouro do número seis é outro exemplo de uma superstição popular sendo usada pelo autor. Isto não quer dizer que João está aprovando estas crenças do povo, mas apenas utilizando-as como veículos de comunicação de uma mensagem inspirada por Deus. Toda a "numerologia" do livro trabalha com basa no costume humano e não em valores espirituais de números. Nós mesmos podemos falar de alguém como se fosse "lobo mau" mesmo sabendo que aquela estória é de mentira. João não acredita nos mitos e crenças populares que cita - apenas, utiliza-os.
Quase seria desnecessário dizer, mas é bom lembar que muitos símbolos do Apocalipse vem da vida e ensino de Jesus, s=d seus apóstolos e da igreja antiga. Na verdade, pouco vem de fora do ambiente cristão. Há conceitos nítida e exclusivamente cristão na obra.
Outra fonte de ideias e de ilustrações é a literatura apocalíptica apócrifa e pseudo-epígrafa, dos judeus. Isto não quer dizer que estes livros sejam inspirados, mas sim que sua "ilustrações" são adequadas para João ao comunicar sua mensagem. Também é necessário ser cauteloso nesta comparação, pois em muitos casos as relações de dependências não podem se estabelecidas com segurança.
João usa até mesmo crendices populares na redação do Apocalipse. O mito "Nero redivivo", que circulava naquela e´poca, parece ser citado em 17;8-11. Esta lenda dizia que Nero não tinha morrido, mas que tinha se ocultado fora do Império e que logo voltaria para assumir o poder. O mau agouro do número seis é outro exemplo de uma superstição popular sendo usada pelo autor. Isto não quer dizer que João está aprovando estas crenças do povo, mas apenas utilizando-as como veículos de comunicação de uma mensagem inspirada por Deus. Toda a "numerologia" do livro trabalha com basa no costume humano e não em valores espirituais de números. Nós mesmos podemos falar de alguém como se fosse "lobo mau" mesmo sabendo que aquela estória é de mentira. João não acredita nos mitos e crenças populares que cita - apenas, utiliza-os.
Quase seria desnecessário dizer, mas é bom lembar que muitos símbolos do Apocalipse vem da vida e ensino de Jesus, s=d seus apóstolos e da igreja antiga. Na verdade, pouco vem de fora do ambiente cristão. Há conceitos nítida e exclusivamente cristão na obra.
Descobrir e respeitar o contexto histórico do livro
O livro foi escrito por João, o discípulo amado do quarto evangelho (1:1,4,9; 22:8), um dos doze apóstolos de Jesus, na ilha prisão chamada Patmos, onde João estava exilado (1:9).
O livro é o resultado de mensagens e visões recebidas por João (1:11; 4:1; 10:4; 19:9), visando inicialmente as igrejas asiáticas representadas por sete igrejas nomeadas daquela região (havia outras além das citadas por nome). Estes são os primeiros destinatários do livro e a interpretação do mesmo deveria fazer sentido para eles; estes deveriam praticar a mensagem do livro em primeiro lugar.
O livro foi escrito no reinado de Domiciano (aprox. 81-96 A.D.), que foi o primeiro imperador romano a perseguir os cristãos em todo o Império (Nero perseguiu só em Roma), e deu início ao longo período de perseguição da igreja pelo governo.
O livro foi escrito em época de perseguição 91:9; 6:9; 7:14; 17:6; 19;2; etc), prevendo também o aumento desta opressão (2;10; 3:10). Este é um dos fatores sociais mais comuns na formação da literatura apocalíptica. É também um importante elemento para a interpretação do texto, visto que o autor procurava dar uma resposta ao problema da opressão do povo de Deus pelos seus inimigos. tem o propósito de mostrar ao povo de deus que "em breve deve acontecer" (1:1; 2:6), ou seja, o povo receptor do livro deveria (e precisava) entender o conteúdo do livro para que os objetivos de sua redação fossem cumpridos.
Devemos proceder com o Apocalipse da mesma forma como fazemos para compreender qualquer livro do Novo Testamento: pesquisando o ambiente histórico, social, doutrinário e literário.
O significado primário do livro deve sr aquele que o escritor original (João) pretendeu transmitir aos leitores originais (as igrejas asiáticas do fim do primeiro século A.D.).
O livro é o resultado de mensagens e visões recebidas por João (1:11; 4:1; 10:4; 19:9), visando inicialmente as igrejas asiáticas representadas por sete igrejas nomeadas daquela região (havia outras além das citadas por nome). Estes são os primeiros destinatários do livro e a interpretação do mesmo deveria fazer sentido para eles; estes deveriam praticar a mensagem do livro em primeiro lugar.
O livro foi escrito no reinado de Domiciano (aprox. 81-96 A.D.), que foi o primeiro imperador romano a perseguir os cristãos em todo o Império (Nero perseguiu só em Roma), e deu início ao longo período de perseguição da igreja pelo governo.
O livro foi escrito em época de perseguição 91:9; 6:9; 7:14; 17:6; 19;2; etc), prevendo também o aumento desta opressão (2;10; 3:10). Este é um dos fatores sociais mais comuns na formação da literatura apocalíptica. É também um importante elemento para a interpretação do texto, visto que o autor procurava dar uma resposta ao problema da opressão do povo de Deus pelos seus inimigos. tem o propósito de mostrar ao povo de deus que "em breve deve acontecer" (1:1; 2:6), ou seja, o povo receptor do livro deveria (e precisava) entender o conteúdo do livro para que os objetivos de sua redação fossem cumpridos.
Devemos proceder com o Apocalipse da mesma forma como fazemos para compreender qualquer livro do Novo Testamento: pesquisando o ambiente histórico, social, doutrinário e literário.
O significado primário do livro deve sr aquele que o escritor original (João) pretendeu transmitir aos leitores originais (as igrejas asiáticas do fim do primeiro século A.D.).
Reconhecer a estrutura do livro
Apocalipse apresenta uma série de quadros sem ter necessariamente uma ordem cronológica.
Muitos querem encontrar no livro uma espécie de "mapa profético da história", que mostre o desenvolvimento histórico, desde a época de Cristo até o fim dos tempos. Este não é o alvo do livro. O texto apresenta repetições das mesmas ideias, em alguns casos para enfatizar ou tomar climático um pensamento. Há seções que são paralelas entre si, como por exemplo as sete trombetas e as sete taças.
A impressão que se deve ao ler o livro é a de visitar uma galaria de arte com varias salas, cada sala contendo alguns quadros agrupados por um mesmo tema mas não necessariamente mantendo relações cronológicas, nem de quadro para quadro, nem de sala para sala. O Apocalipse não é como uma história em quadrinhos, onde cada quadro guarda uma relação cronológica com os precedentes e com os posteriores.
O livro caminha para um clímax, um ponto alto, um alvo: de Patmos na costa da Ásia Menos, até a eternidade, nos céus; do visível ao invisível; do sofrimento à vitória. Devemos notar, durante o desenvolvimento do livro, como a"intensidade" do conflito narrado vai aumentando e como a descrição das bençãos e da vitória do povo de Deus também se avoluma. Apesar de não ter ordem cronológica, o livro tem uma sequência de desenvolvimento de sua mensagem.
Em termos literários, Apocalipse é um livro altamente estruturado. Várias "seções se sete" são encontradas no livro. Há um grande esmero na organização das visões e mensagens, que deve ser bem apreciado na interpretação do livro.
Tratar entender o livro por inteiro
Este livro assemelha-se a um grande quadro, um grande mural. Só podemos entender o quadro se, afastados dele, o observamos por inteiro. Tentar ficar com o rosto "colado" na tela tentando descobrir do que se trata é bobagem.
Para entender este livro da Bíblia é necessário pegar sua ideia global, ou a mensagem geral da obra. Ficar preso a detalhes obscurecerá o sentido do livro.
Cada parte do livro tem sua relação com o todo. Se perdemos estas ligações, perderemos o sentido da obra.
As próprias visões do livro devem ser entendidas com base na sua apresentação geral e não com base nos detalhes. Forçar o sentido de detalhes de uma visão pode induzir a erros por valorizar elementos que tinham apenas um valor dramático ou de fornecer colorido ao cenário.
As especulações em torno do chamado "milênio" muitas vezes querem tirar o aspecto espiritual do livro e do reino que ele descreve para apresentar o reino de Deus de uma forma contrária a todo o Apocalipse e ao Novo Testamento.
O reino de mil anos com Cristo é uma promessa de vitória espiritual dos cristãos ou, provavelmente, só dos mártires. A leitura de Apocalipse 20;4 sugere esta última ideia. Eles tinham sido mortos por causa de sua fé (6:9-11) e agora estavam vitoriosos, reinando e servindo a Cristo (7:9-17). Ver também 11:3-13 onde as testemunhas (que representam os cristãos), apesar de mortas, ressurgem e vão aos céus.
As próprias visões do livro devem ser entendidas com base na sua apresentação geral e não com base nos detalhes. Forçar o sentido de detalhes de uma visão pode induzir a erros por valorizar elementos que tinham apenas um valor dramático ou de fornecer colorido ao cenário.
Aceitar o caráter espiritual do livro
O propósito deste livro não é o de prever um reino físico, milenial, político e terrestre. Os cristãos já estão no reino (1:6, 9), Jesus é o soberano dos reis da terra (1:5; 19:16) e o povo de Deus está reinando agora (1:5-6) e continuará reinando depois como resultado da obra de Cristo (5:9-10).
As especulações em torno do chamado "milênio" muitas vezes querem tirar o aspecto espiritual do livro e do reino que ele descreve para apresentar o reino de Deus de uma forma contrária a todo o Apocalipse e ao Novo Testamento.
O reino de mil anos com Cristo é uma promessa de vitória espiritual dos cristãos ou, provavelmente, só dos mártires. A leitura de Apocalipse 20;4 sugere esta última ideia. Eles tinham sido mortos por causa de sua fé (6:9-11) e agora estavam vitoriosos, reinando e servindo a Cristo (7:9-17). Ver também 11:3-13 onde as testemunhas (que representam os cristãos), apesar de mortas, ressurgem e vão aos céus.
Aplicar o livro hoje sem distorcer seu sentido original
O livro de Apocalipse foi escrito para igrejas asiáticas do primeiro século. É aqui que poderemos entender seu sentido original. Sendo, porém, um livro inspirado por Deus, os princípios eternos que ele contém valem para os cristãos de todas as épocas.
Como aplicar o livro nos dia de hoje? Descobrir a mensagem e significado original do texto e aplicar esta mensagem nos dias de hoje, onde a mesma mensagem seja cabível. O sentido original é o guia e o juiz das aplicações que fizermos do texto do livro.A besta que vem do mar (13:1-10) designa, sem dúvida, o império romano e a pessoa de Domiciano seu imperador. Alguém mais poderia ser encaixado nesta descrição? Creio que sim. Muitos perseguidores da igreja no segundo e no terceiro século poderiam ser descritos desta forma. Veja, porém, que o Apocalipse não estava falando deles. Estes apenas se encaixam na descrição e, portanto, a mesma condenação feita contra Domiciano poderia ser aplicada a estes. O Papa, a adoração de imagens, os ditadores ateus e uma série de outros personagens históricos podem se encaixar em algumas das descrições do Apocalipse. Cumpre-nos lembrar que tal semelhança permite aplicar o livro a estes sem afirmar que a obra de João estava prevendo-os.
Como sempre, é importante ter muita cautela em aplicar uma figura ou descrição do Apocalipse a alguém ou alguma situação que não as que eram da intenção de João.
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